Apresentado oficialmente nesta quinta-feira (15), Fernando Diniz comentou seu retorno ao comando do Vasco e destacou a confiança no atual elenco. O treinador revelou que ainda não indicou reforços e criticou os altos valores do mercado, citando o exemplo do Palmeiras, que investiu 25 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões) na contratação de Paulinho.

— Não indiquei absolutamente ninguém até agora, zero. Começamos a conversar de forma mais específica a partir de hoje. Não adianta dizer que vai contratar um monte de jogador, porque não é coerente. Não gosto de contratar muita gente. Quando tenho dúvida, nem contrato. A chance de errar é grande. Não vamos seguir a linha do Palmeiras, que trouxe um jogador por 25 milhões de euros — afirmou Diniz.

O técnico já havia estreado antes da apresentação oficial, comandando o time na derrota por 1 a 0 para o Lanús, na Argentina, pela Copa Sul-Americana, na última terça-feira (13). O principal objetivo agora é tirar o time da zona de rebaixamento do Brasileirão. O Vasco é o 17º colocado, com apenas sete pontos em oito rodadas.

Durante a coletiva, Diniz demonstrou confiança no elenco e disse que o foco inicial é elevar o desempenho dos jogadores que já estão no grupo:

— É um bom elenco. O melhor reforço do Vasco será fazer com que os jogadores que já estão aqui rendam mais. Temos muita gente que pode evoluir. A prioridade agora é melhorar a coletividade e, pontualmente, acertar nas contratações — explicou.

O treinador também aproveitou para destacar a força da torcida vascaína e a importância de criar uma conexão com os torcedores:

— Tenho muita confiança nos jogadores, na direção, e a torcida nem se fala. Se a torcida vai ao estádio para cobrar, temos que saber absorver e transformar isso em energia. A torcida do Vasco é uma força da natureza. Precisamos nos esforçar para corresponder — completou.

Próximos jogos do Vasco:

• Vasco x Fortaleza – 17/5 (sexta-feira), 18h30 – Brasileirão
• Vasco x Operário-PR – 20/5 (segunda-feira), 19h00 – Copa do Brasil
• Fluminense x Vasco – 24/5 (sexta-feira), 18h30 – Brasileirão

Edmundo, ídolo do Vasco da Gama, voltou a criticar a política de contratações do clube. Nos últimos anos, segundo ele, o time tem feito escolhas equivocadas no mercado da bola. A situação piorou com o recente empréstimo do meia Maxime Domínguez, que chegou há poucos meses e já foi enviado ao Toronto FC, da MLS.

Durante participação em um programa esportivo, Edmundo se mostrou indignado:

“O Vasco tem feito apostas no mercado. Muitas não deram certo. O Maxime Domínguez está sendo emprestado e eu não consigo entender. Como você compra um jogador e seis meses depois empresta? É chamar o profissional que fez essa contratação de incompetente”, afirmou.

Edmundo defende outro caminho para o Vasco

Na visão do ex-atacante, o clube precisa mudar a abordagem. Em vez de insistir em nomes pouco conhecidos, o ideal seria investir nos atletas da base. De acordo com ele, além de fortalecer o time, essa estratégia também poderia gerar lucro com vendas futuras.

“O Loide é uma aposta. O Nuno é outra aposta. Embora tenha o melhor desempenho. O Garré também. Não são jogadores conhecidos, de renome. O Vasco trouxe e espera que eles arrebentem aqui. Eu discordo e não acho o melhor modelo. Faria isso com os garotos da base”, disse.

Além disso, Edmundo destacou que outros clubes brasileiros obtêm bons resultados apostando na formação caseira. Como exemplo, ele citou o Palmeiras.

“Apostando na base, caso um jogador dê certo, ele ainda resolve seu problema financeiro. O Palmeiras fez isso”, completou.

Sul-Americana vira foco do time após derrota no Brasileirão

Depois de perder por 3 a 0 para o Corinthians, o Vasco agora precisa se recuperar. O time volta a campo nesta terça-feira (8), às 21h30, quando enfrentará o Puerto Cabello, da Venezuela. A partida será em São Januário e marca o primeiro jogo da equipe como mandante na Sul-Americana.

Na estreia, fora de casa, o Vasco abriu 3 a 1 contra o Melgar, mas cedeu o empate nos minutos finais. Agora, portanto, o time busca sua primeira vitória no torneio continental. O momento exige mais do que resultados — também exige respostas para as críticas da torcida e de nomes históricos como Edmundo.

Se quiser reagir, o Vasco precisa não apenas vencer, mas também mostrar em campo que há um plano de reconstrução em andamento.

O Vasco avança nas negociações com o empresário Roberto Medina, criador do Rock in Rio, para estabelecer futuras parcerias em eventos e negócios no novo São Januário. O clube pretende transformar o estádio em um espaço multifuncional, ampliando seu uso para eventos culturais e artísticos.

Uma carta de intenção já foi assinada, e a ideia é viabilizar grandes shows, o que ajudaria a gerar receita para o Vasco. No entanto, a assessoria de imprensa de Medina nega tanto o acordo quanto a existência do documento.

Durante uma live sobre a reforma do estádio, o segundo vice-presidente geral do Vasco, Renato Brito Neto, evitou mencionar o nome do grupo de Medina, mas garantiu que a novidade agradará a torcida.

“Estamos negociando com um banco de investimento e com uma grande empresa do setor de shows e negócios, que procurou o Vasco. Foi algo muito positivo, pois a iniciativa veio dessa empresa, que é gigante no mercado. Além disso, ela trará um parceiro financeiro, um banco de investimento, e uma consultoria especializada em plano de negócios para estádios”, explicou.

A capacidade total do novo São Januário ainda está em estudo. Dependendo da viabilidade econômica e financeira, o estádio poderá receber entre 43 mil e 57 mil pessoas. O clube também considera utilizar parte do gramado para acomodação do público, estratégia comum em locais como o Estádio Nilton Santos, que aumenta sua capacidade de 45 mil para até 60 mil em eventos.

Para viabilizar essa transformação, o Vasco estuda melhorias na mobilidade urbana no entorno de São Januário. O primeiro modelo apresentado prevê melhor circulação, sinalização e conexão com a estação de BRT na Avenida Brasil.

Além disso, o clube planeja envolver a comunidade da Barreira e outras regiões próximas no planejamento do projeto. Entretanto, o modelo final ainda não foi definido.

O ex-técnico do Vasco, Ricardo Sá Pinto, relembrou sua passagem pelo clube em 2020 durante uma entrevista ao canal Expresso 1923 nesta segunda-feira (24). O português abordou desafios enfrentados no comando da equipe, incluindo problemas financeiros, dificuldades dentro de campo e até uma curiosa história envolvendo um jacaré nos arredores do CT.

Entre os temas mencionados, Sá Pinto comentou sobre o meia Benítez e usou um termo que gerou repercussão. “O Benítez realmente tinha qualidade, mas era um vagabundo. Andava por todo lado, não respeitava posição e se lesionava muito”, disse. O treinador explicou que, em Portugal, “vagabundo” pode se referir a jogadores que se movimentam demais sem respeitar um posicionamento tático.

“Eu queria o Cano livre, era o nosso jogador com mais qualidade. Tínhamos Talles Magno, que ora corria, ora não corria. O Benítez, apesar de ser um jogador trabalhador, gostava de estar em toda parte e ter a bola. Mas faltava-lhe aquele último terço, a presença na cara do gol”, explicou o português, reforçando que o meia era um “miúdo fantástico”, mas prejudicado pelas lesões.

Desafios e a história do jacaré

Além das dificuldades dentro de campo, o técnico afirmou que a pandemia e a falta de reforços comprometeram o desempenho do Vasco. Segundo ele, até Vanderlei Luxemburgo, que chegou depois, encontrou os mesmos obstáculos. “Milagres, eu não faço. Tanto é que Luxemburgo, que é um treinador super competente e com um currículo enorme, também não conseguiu fazer melhor”, justificou.

Por fim, Sá Pinto revelou uma situação inusitada envolvendo um cachorro que costumava frequentar o CT do Vasco. “Tínhamos um cãozinho que estava lá todas as manhãs. No dia seguinte, ele apareceu sem uma pata. O que aconteceu? Uma bola caiu lá atrás, ele foi buscar e o jacaré roubou-lhe a pata”, contou o treinador, destacando as peculiaridades de sua passagem pelo Brasil.

Preparação intensa para o Brasileirão

A dez dias da estreia no Campeonato Brasileiro, o Vasco segue treinando forte sob o comando de Fábio Carille. Em entrevista divulgada nesta quinta-feira (20) pelo “ge”, o treinador abordou diversos temas, incluindo reforços, expectativas para a temporada e a presença de Neymar no confronto contra o Santos, marcado para o próximo domingo (30).

Neymar em campo? Carille prefere assim

Questionado sobre a possibilidade de Neymar estar em campo na estreia do Brasileirão, Carille afirmou que prefere enfrentar o Santos com o craque em ação.

“Sempre o melhor: com o Neymar. Se ganha sem o Neymar, é porque ele não estava. Vamos trabalhar para ganhar do Santos com o Neymar. Muito feliz de ver alguns atletas desse nível voltando. Que eles venham com o melhor, e que venhamos com o melhor também, para fazermos um grande jogo”, declarou o treinador sobre o camisa 10 do Santos, que acredita estar apto a jogar.

Situação de Coutinho e Payet

O técnico também comentou sobre Philippe Coutinho, que sofreu uma lesão na semifinal do Campeonato Carioca contra o Flamengo. Apesar do problema físico, o meia deve estar disponível para enfrentar o Santos. Além disso, Carille falou sobre as possíveis renovações de contrato de Coutinho e Payet, dois dos maiores salários do elenco. Enquanto o francês tem vínculo até 5 de maio, o brasileiro tem contrato até 30 de junho.

“Vamos esperar. Na parte técnica, sim, mas temos que ver a parte financeira, outras coisas do clube. Temos alguns meses ainda, isso não foi conversado, mas é melhor esperarmos e entender tudo para fazer o que é melhor para todo mundo”, disse o treinador.

Expectativas para a temporada

Eliminado na semifinal do Campeonato Carioca, o Vasco tem pela frente, além do Brasileirão, as disputas da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. Carille destacou a importância de evitar erros nos torneios eliminatórios, citando o exemplo do Corinthians, que foi eliminado precocemente na Libertadores após um desempenho ruim no jogo de ida.

“Essas competições (Copa do Brasil e Sul-Americana) são menos jogos, mas são mata-mata. Brasileirão você tem o direito de errar. Pode ser campeão com derrotas. Sul-Americana e Copa do Brasil você não pode errar. Foi agora com o Corinthians, por exemplo. Fez um jogo ruim fora e não conseguiu reverter em casa. Temos que levar as três competições com uma seriedade muito grande. Sempre vamos priorizar o próximo jogo, independente da competição que for”, concluiu Carille.

A gestão da 777 Partners é apontada como a principal responsável pelo crescimento da dívida do Vasco em R$ 350 milhões. Segundo o vice-presidente jurídico do clube, Felipe Carregal, o aumento decorre de contratações inflacionadas e da falta de medidas eficazes para conter o endividamento.

777 pagou apenas 18% das operações do futebol

Um relatório interno do Vasco revelou que a 777 Partners quitou apenas 18% dos valores referentes a contratações, luvas e comissões. Essa conduta, segundo a diretoria, contribuiu para a grave crise financeira da SAF.

O clube processa a 777 na Justiça, alegando gestão temerária, e a juíza responsável pelo caso reconheceu esse argumento ao deferir o pedido de recuperação judicial no mês passado. Atualmente, a dívida do Vasco é estimada em R$ 1,4 bilhão.

Dívida original de R$ 700 milhões não foi reduzida

Desde sua criação, a Vasco SAF já carregava um passivo de R$ 700 milhões. Para Carregal, a 777 deveria ter priorizado a redução desse valor, evitando que os juros e correções agravassem ainda mais a situação financeira do clube.

“Se você tem uma empresa que, na origem, está devendo R$ 700 milhões, o que você faz? A primeira medida deve ser atacar essa dívida, pois seu custo é altíssimo. Isso não foi feito”, afirmou Carregal em entrevista à VascoTV.

O Conselho Fiscal da SAF alertou diversas vezes sobre a necessidade de conter o endividamento, mas, segundo o dirigente, os avisos foram ignorados pela 777.

Contratações acima do mercado

Outro fator determinante para o agravamento da crise foram as 35 contratações realizadas sob gestão da 777. De acordo com Carregal, muitos jogadores chegaram ao clube com salários muito superiores aos que recebiam em seus times anteriores, sem justificativa plausível.

“Hoje percebemos que essas contratações foram feitas por valores acima do mercado. Alguns jogadores passaram a ganhar três, quatro, até cinco vezes mais do que recebiam antes,” explicou.

Além disso, a 777 teria empurrado os custos para o futuro sem criar novas receitas ou atacar a dívida existente. Para Carregal, essa estratégia reforça o diagnóstico da Justiça de que a empresa teve papel central na crise financeira da Vasco SAF.

Com o processo de recuperação judicial em andamento, o Vasco agora busca alternativas para reverter a situação e garantir um futuro sustentável para o clube.

O Campeonato Carioca terminou no último domingo (16), com o Flamengo conquistando o título sobre o Fluminense. No entanto, as polêmicas sobre a arbitragem continuam ganhando destaque nos bastidores do futebol carioca.

Vegetti rebate declaração de Filipe Luís e questiona arbitragem

Em entrevista coletiva após a final, o técnico Filipe Luís criticou Fluminense e Vasco, afirmando que os clubes reclamam da arbitragem para desviar atenção das derrotas. A declaração provocou uma resposta imediata do centroavante Pablo Vegetti, do Vasco, que apontou favorecimento ao Flamengo em lances decisivos da semifinal do torneio.

Lances polêmicos e supostos erros da arbitragem

Embora tenha reconhecido a superioridade do Flamengo no cenário nacional, Vegetti relembrou episódios que prejudicaram o Vasco nos confrontos da semifinal, nos quais o Cruzmaltino sofreu duas derrotas: 1 a 0 na ida e 2 a 1 na volta.

“Entendo que o torcedor queria o título, eu também. No entanto, é preciso aceitar o momento de cada clube. Hoje, o Flamengo está dois ou três passos acima dos demais times do Brasil. Ainda assim, sempre queremos vencer quando os enfrentamos. Trabalhamos para isso e precisamos encontrar formas diferentes de disputar esses jogos”, comentou Vegetti.

O atacante destacou que, apesar do Flamengo ter sido um campeão justo, algumas decisões da arbitragem poderiam ter alterado o rumo da competição:

“Na primeira partida da semifinal, se o Wesley tivesse sido expulso — e para mim ele deveria ter sido — o jogo mudaria. Se o Bruno Henrique tivesse levado vermelho, também mudaria. O gol dele estava em impedimento claro. Isso poderia ter transformado a partida. Se estivéssemos vencendo por 1 a 0 e com um jogador a mais, a história seria diferente”, criticou o centroavante.

Vegetti reforçou que não pretende desmerecer a conquista do Flamengo, mas ressaltou que os erros foram determinantes no resultado final:

“Não tiro o mérito deles, pois foram campeões justos e fizeram um grande trabalho. No entanto, precisamos falar a verdade: eles foram favorecidos. Talvez não de forma intencional, mas algumas decisões influenciaram diretamente o jogo. Quando um time joga bem e ainda recebe o benefício de lances polêmicos, torna-se quase impossível vencê-lo. Foram os justos vencedores, mas os erros da arbitragem pesaram contra nós”, concluiu.

Próximo desafio do Vasco

Agora, o Vasco direciona o foco para a estreia no Campeonato Brasileiro, marcada para o dia 30 de março, contra o Santos, em São Januário. O time comandado por Ramon Díaz busca iniciar a competição nacional com um resultado positivo e deixar para trás as polêmicas do estadual.