O início de 2025 manteve a pressão sobre o trabalho do técnico Luis Zubeldía no São Paulo. Assim como no final do ano passado, o argentino segue sob intensa cobrança, com a responsabilidade de melhorar o desempenho da equipe em suas mãos.

Apesar da eliminação no Campeonato Paulista ter sido influenciada por um erro de arbitragem, o desempenho geral da equipe deixou a desejar. Vitórias expressivas contra Corinthians e Mirassol não foram suficientes para dissipar a desconfiança de parte da torcida em relação ao treinador.

O fantasma da mudança no comando

Para agravar a situação de Zubeldía, dois nomes fortes e atualmente livres no mercado surgem como alternativas viáveis para assumir o comando técnico do Tricolor. O primeiro é Dorival Júnior, recentemente dispensado da seleção brasileira. O segundo é Hernán Crespo, campeão paulista com o São Paulo em 2021, que recentemente expressou o desejo de retornar ao clube.

Apesar da pressão, apuração da ESPN Brasil indica que não há movimentações concretas para substituir Zubeldía neste momento. A diretoria não considera uma troca imediata no comando, pelo menos por enquanto.

Entretanto, a permanência do treinador está longe de ser garantida. Assim como ocorreu com Crespo, Diniz e Carpini, Zubeldía parece estar sob constante ameaça de demissão. Para piorar, a ausência de jogadores fundamentais como Lucas e Oscar complica ainda mais o cenário, uma vez que o time não apresenta um desempenho coletivo sólido capaz de suprir essas baixas.

Decisões questionáveis e a rejeição da torcida

Além do desempenho irregular, algumas escolhas táticas e estratégicas têm aumentado a insatisfação da torcida. Um dos pontos mais criticados é a demora na utilização de jogadores da base. A entrada de Ryan apenas nos minutos finais de uma partida serviu como estopim para as vaias ao treinador ao término do jogo.

O que esperar do futuro?

O futuro de Zubeldía dependerá diretamente do desempenho da equipe na estreia da Libertadores. Uma atuação ruim, especialmente se resultar em derrota para o Talleres, pode mudar os planos da diretoria e levar à troca de comando.

Especula-se que o treinador e sua comissão técnica recebam um salário de R$ 900 mil por mês, com uma multa rescisória de R$ 2,7 milhões, equivalente a três meses de contrato. O vínculo de Zubeldía com o clube vai até 31 de dezembro de 2025.

No cenário atual, Dorival Júnior parece uma opção mais viável do que Crespo para assumir o comando. No entanto, um nome que agrada parte da torcida é o de Juan Pablo Vojvoda. Apesar das recentes manifestações de alguns torcedores do Fortaleza pedindo sua saída, a diretoria do clube não cogita liberá-lo antes do fim de seu contrato, que se estende até dezembro de 2025.

Desafio imediato: três jogos cruciais

Se quiser se manter no cargo e conquistar a confiança da torcida, Zubeldía precisará de resultados positivos nas próximas partidas: contra o Talleres, na Argentina; o Atlético-MG, em Minas Gerais; e o Alianza Lima, no Morumbis. O futuro do treinador está, sem dúvida, em jogo.

O São Paulo enfrenta um cenário financeiro preocupante, com sua dívida se aproximando da marca de R$ 1 bilhão. A informação foi revelada pelo superintendente geral do clube, Márcio Carlomagno, em entrevista ao canal de YouTube Arnaldo & Tironi. Segundo ele, o Tricolor opera com déficit e precisa de ajustes urgentes para alcançar estabilidade financeira.

“Historicamente, o São Paulo acumula prejuízos. Por isso, estamos trabalhando para mudar essa cultura e transformar o clube em uma instituição que estabeleça metas claras e cumpra seus orçamentos”, afirmou Carlomagno. O dirigente confirmou que a dívida atual gira em torno de R$ 900 milhões. No entanto, ele garantiu que a diretoria já desenvolveu estratégias para conter esse valor e, posteriormente, reduzi-lo.

Apesar das dificuldades, o clube conseguiu dobrar sua receita. Além disso, medidas estão sendo adotadas para garantir maior estabilidade financeira a longo prazo. “Estamos alongando as receitas, o que proporciona segurança para a instituição. O objetivo é fazer do São Paulo um clube superavitário de forma constante”, explicou.

Impacto no departamento de futebol

Como o futebol representa a principal fonte de receitas e despesas do clube, essa área também precisa se adequar à nova realidade. Carlomagno enfatizou que os erros nas contratações e negociações devem ser minimizados para que o equilíbrio financeiro aconteça mais rapidamente.

“Montamos um time extremamente competitivo, mesmo com as dificuldades. Quando não há capital suficiente para investir, a criatividade e o trabalho precisam compensar essa falta”, destacou.

Além disso, o dirigente alertou que a diretoria de futebol precisará agir com precisão nas próximas janelas de transferências. “Este ano será de luta. No entanto, se cumprirmos nosso orçamento, talvez a partir do meio do ano que vem estejamos em uma situação mais confortável. A partir daí, o clube poderá crescer novamente. Mas, caso contrário, teremos que trabalhar ainda mais”, concluiu.

O futuro de Liziero no São Paulo está praticamente decidido, com um acordo iminente. O meio-campista, que tem contrato válido até junho, está fora dos planos do técnico Luis Zubeldía.

Rescisão amigável encaminhada

Após conversas com o clube, Liziero e o São Paulo alinharam os detalhes para uma rescisão de contrato amigável, que deve ser formalizada nos próximos dias.

Possível transferência para a Suíça

A tendência é que o jogador siga para a Suíça, país de onde retornou no ano passado. Na semana passada, as duas partes avançaram nas negociações para que Liziero deixe o clube sem custos, finalizando sua passagem pelo time paulista.

O São Paulo contou com uma novidade no treino desta quarta-feira. O atacante Ferreirinha retornou às atividades com o elenco após se recuperar de uma lesão na posterior da coxa direita. Com isso, ele pode reforçar a equipe no duelo contra o Novorizontino, válido pelas quartas de final do Campeonato Paulista.

O camisa 11 iniciou a transição física na última segunda-feira, mas sem treinar com o grupo. Agora, com o retorno às atividades coletivas, ele tem quatro dias para intensificar a preparação. O confronto está marcado para segunda-feira, às 20h (de Brasília), no Morumbis.

Ferreirinha sofreu a lesão no jogo contra a Inter de Limeira, disputado em Brasília no dia 10. Exames de imagem confirmaram uma pequena lesão na coxa, e o atacante iniciou o processo de recuperação.

Na atual temporada, ele disputou sete partidas pelo São Paulo, sendo titular em três delas. Antes da contusão, ficou fora da estreia do Paulistão, contra o Botafogo-SP, quando a equipe utilizou um time alternativo, e do duelo contra o Velo Clube, também realizado em Brasília.

A derrota do São Paulo para a Ponte Preta por 2 a 1, nesta quarta-feira (18), no MorumBis, pelo Campeonato Paulista 2024, aumentou a pressão sobre a equipe e gerou reações fortes no elenco. Após a partida, Lucas Moura negou que a fase ruim tenha relação com salários atrasados e assumiu a responsabilidade dos jogadores pelo momento instável.

“A culpa é muito mais dos jogadores. Não há desespero e não há crise porque já estamos classificados. Não tem nada a ver com salários atrasados. Isso vamos tratar internamente. A culpa é dos jogadores. Temos consciência de que precisamos melhorar, pois não é normal essa sequência negativa com esse elenco. Precisamos ligar o sinal de alerta”, afirmou o camisa 7.

A insatisfação também ficou evidente na fala de Jonathan Calleri, que não poupou críticas ao desempenho do time.

“Não tem o que justificar hoje (…) Daqui pra frente precisa melhorar, pois está ficando feio. Tenho vergonha do que aconteceu aqui”, desabafou o argentino.

O meia Oscar também cobrou uma reação imediata e destacou as falhas defensivas.

“É triste, é triste. A gente tem de melhorar, tem de treinar. Temos tomado gols que normalmente não tomamos. Jogamos bem, mas estamos levando muito gol bobo em contra-ataque. Temos que melhorar”, analisou.

Sem o técnico Luis Zubeldía, suspenso, o auxiliar Maxi Cuberas minimizou a derrota e apontou um momento específico como determinante.

“Foi mais no início do segundo tempo que fomos mal. Não creio que fomos mal em todo o jogo. Nós vínhamos controlando a partida e nos sentimos cômodos com o que propusemos. Terminamos ganhando de 1 a 0 o primeiro tempo, por isso entramos, não sei se muito confiantes, distraídos. Lamentavelmente, pagamos caro, porque em 15 minutos eles viraram o placar”, explicou.

Derrota do São Paulo pode complicar o Palmeiras

Além do tropeço, a vitória da Ponte Preta pode impactar diretamente outro gigante do futebol paulista: o Palmeiras corre o risco de ser eliminado na fase de grupos do Paulistão. O resultado pegou até mesmo os jogadores do São Paulo de surpresa.

Apesar da derrota, o São Paulo segue líder do Grupo C, com 16 pontos, apenas um a mais que o Novorizontino. O Tricolor precisa vencer na última rodada para garantir a primeira colocação.

O próximo compromisso do São Paulo será no domingo (18), às 18h30, contra o São Bernardo, no estádio Primeiro de Maio.