Em reunião no Conselho Deliberativo do Flamengo, na noite de (20), o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, apresentou detalhes sobre os próximos passos da gestão, incluindo a construção do novo estádio no terreno do Gasômetro.
O clube arrematou a área em julho de 2024 por R$ 138,2 milhões e, após perícia, pagou mais R$ 7,8 milhões, além de um compromisso de parcelamento de R$ 23 milhões. No entanto, a diretoria atual considera que a gestão anterior, comandada por Rodolfo Landim, não aprofundou a análise sobre a viabilidade da obra, o que resultou em um projeto inicial sem estimativas detalhadas de custos.
Atualmente, o Flamengo realiza reuniões com a prefeitura e empresas, aguardando estudos que definirão o orçamento real. A Arena Events+Venues, consultora contratada na gestão Landim para apresentar o projeto à prefeitura, foi recontratada para finalizar o projeto básico e gerar uma estimativa de custos. O estudo deve durar entre seis e sete meses, incluindo análise do solo, descontaminação, topografia e impactos no entorno.
Outro fator determinante é a necessidade de remanejamento da estrutura da Naturgy, que ocupa metade do terreno com uma estação de gás. A diretoria se reunirá com a empresa no fim de março para tratar do tema. Segundo o prefeito Eduardo Paes, a prefeitura assumirá os custos dessa operação.
O Flamengo também contratou a FGV Projetos para realizar o estudo de viabilidade e planejamento financeiro. Enquanto a gestão anterior previa um custo de R$ 1,9 bilhão para a obra, Bap afirma que os valores serão muito superiores:
“O que posso dizer agora é que não tenho a menor dúvida de que esse número de R$ 1,9 bilhão não é verdadeiro. Esse número a ser confirmado é perto de R$ 3 bilhões. O que vamos fazer é esperar que esses estudos sejam completados.”
Além disso, o clube precisa resolver questões de infraestrutura e mobilidade no entorno do estádio. Uma reunião com a CET-Rio e a Secretaria Municipal de Transportes está agendada para (2), a fim de discutir os impactos viários e urbanísticos.
A diretoria busca alternativas para financiar a construção sem comprometer a competitividade do time. Linhas de crédito são consideradas pouco viáveis devido às altas taxas de juros, e um modelo semelhante ao do Allianz Parque, em que um parceiro financia a obra em troca da administração da arena, é visto como inviável.
Pelo acordo firmado com a prefeitura, o estádio deveria ser concluído até 2029. No entanto, a atual gestão considera esse prazo difícil de ser cumprido.
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